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Como calcular a taxa de desfrute. Aprenda a medir a eficiência e a produtividade da sua ovinocultura com esse indicador simples e prático
A ovinocultura de corte é uma atividade que vem se despertando interesse no Brasil, devido à crescente demanda por carne ovina e à adaptação dos animais às diferentes regiões do país. No entanto, para se obter sucesso nesse ramo, é preciso investir em tecnologias e ferramentas que possam aumentar a eficiência e a qualidade da produção.
Uma das formas de alcançar esse objetivo é através do monitoramento da taxa de desfrute do rebanho, que é um indicador que mede a capacidade da propriedade de gerar excedentes, ou seja, a produção do rebanho (em cabeças ou quilos) em um determinado período em relação ao rebanho inicial.
A taxa de desfrute é um índice fundamental para avaliar o desempenho e a rentabilidade da ovinocultura de corte, pois influencia na quantidade e na qualidade dos cordeiros produzidos, no custo de produção e na receita obtida. Quanto maior a taxa de desfrute, maior será a produtividade interna do rebanho.
Mas como calcular a taxa de desfrute em ovinos de corte? É simples, basta seguir a seguinte fórmula:
Taxa de desfrute (%) = [(Estoque final – Estoque inicial – Compras + Vendas) / Estoque inicial] x 100
Onde:
- Estoque final: é o número ou o peso total dos animais existentes na propriedade no final do período analisado (geralmente um ano).
- Estoque inicial: é o número ou o peso total dos animais existentes na propriedade no início do período analisado.
- Compras: é o número ou o peso total dos animais adquiridos pela propriedade durante o período analisado.
- Vendas: é o número ou o peso total dos animais vendidos pela propriedade durante o período analisado.
Vamos ver um exemplo prático:
Imagine que você tem uma propriedade com 500 ovelhas de corte, com peso médio de 50 kg cada, no início do ano. Durante o ano, você comprou 100 borregas de 40 kg cada e vendeu 200 cordeiros de 30 kg cada. No final do ano, você ficou com 400 ovelhas de 55 kg cada. Qual foi a sua taxa de desfrute?
Aplicando a fórmula, temos:
Taxa de desfrute (%) = [(400 x 55 – 500 x 50 – 100 x 40 + 200 x 30) / (500 x 50)] x 100 Taxa de desfrute (%) = [(22.000 – 25.000 – 4.000 + 6.000) / 25.000] x 100 Taxa de desfrute (%) = [-1.000 / 25.000] x 100 Taxa de desfrute (%) = -4%
Isso significa que você teve uma redução de 4% na sua produção em relação ao seu estoque inicial. Isso pode indicar que você precisa melhorar alguns aspectos da sua gestão, como a reprodução, a nutrição, a sanidade e o manejo dos seus animais.
Para acompanhar a taxa de desfrute do seu rebanho, é necessário ter um controle rigoroso das informações zootécnicas e financeiras da sua propriedade, como dados de identificação, sanidade, manejo, reprodução, nutrição, custos, receitas, entre outros. Essas informações devem ser registradas, armazenadas e analisadas de forma sistemática e confiável, para que possam subsidiar a tomada de decisão do produtor.
No entanto, muitos ovinocultores ainda enfrentam dificuldades para realizar esse controle, seja pela falta de tempo, de mão de obra qualificada ou de ferramentas adequadas. Muitas vezes, os registros são feitos em papel ou planilhas eletrônicas, que podem se perder, se danificar ou se tornar obsoletos. Além disso, esses métodos não permitem uma visualização rápida e integrada das informações, nem uma análise precisa e comparativa dos dados.
Por isso, é essencial contar com uma plataforma de gestão pecuária e financeira web e mobile que possa facilitar e otimizar o acompanhamento da taxa de desfrute do rebanho. Uma plataforma como a Farmin, que é um aplicativo que funciona offline e permite o registro e o acesso às informações da propriedade em qualquer lugar e a qualquer hora.
Com a Farmin, você pode controlar todos os aspectos da sua ovinocultura de corte, desde o nascimento até a venda dos animais. Você pode registrar os dados de reprodução dos animais, como datas de cobertura, diagnóstico de gestação, partos, desmames, entre outros. Você também pode acompanhar os índices zootécnicos e financeiros da sua propriedade, como taxa de prenhez, taxa de natalidade, intervalo entre partos, idade ao primeiro parto, custo por animal produzido, margem bruta por hectare, entre outros.
A Farmin também oferece relatórios personalizados e gráficos que permitem visualizar as informações de forma clara e objetiva. Você pode comparar os resultados obtidos com as metas estabelecidas , identificar as oportunidades de melhoria e as ameaças para o seu negócio.
Não perca tempo e experimente agora mesmo a Farmin. A plataforma é gratuita por 07 dias e você pode testar todas as funcionalidades sem compromisso. Basta acessar o site www.farmin.com.br e fazer o seu cadastro. Você vai se surpreender com os benefícios que a Farmin pode trazer para a sua ovinocultura.
Farmin: a plataforma que ajuda você a calcular e melhorar a taxa de desfrute do seu rebanho ovino de corte
Farmin é uma plataforma de software e hardware que centraliza a gestão do rebanho de corte e a gestão financeira em uma única solução. Indicado para pecuaristas, veterinários, consultores e zootecnistas que se preocupam em melhorar o resultado econômico do negócio.
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Como definir o tamanho inicial do rebanho para iniciar uma produção de ovinos de corte para iniciantes
Se você está pensando em iniciar uma produção de ovinos de corte, uma das primeiras decisões que você deve tomar é definir o tamanho inicial do seu rebanho. Essa escolha vai depender de vários fatores, como o espaço disponível, o capital de investimento, a demanda do mercado e o sistema de produção adotado. Neste artigo, vamos apresentar algumas dicas para você calcular quantos animais você pode e deve criar para começar o seu negócio com sucesso.
- Calcule a capacidade de suporte da sua propriedade. A capacidade de suporte é a quantidade máxima de animais que uma área pode sustentar sem comprometer a qualidade e a quantidade da pastagem. Ela varia de acordo com o tipo, a fertilidade e o manejo do solo, o clima, a espécie forrageira, a época do ano e o nível de suplementação alimentar fornecido aos animais. Uma forma simples de estimar a capacidade de suporte é dividir a produção anual de matéria seca da pastagem (em kg/ha) pelo consumo médio diário de matéria seca dos animais (em kg/cab). Por exemplo, se a sua pastagem produz 10.000 kg/ha/ano de matéria seca e os seus ovinos consomem 2% do seu peso vivo em matéria seca por dia, a capacidade de suporte será de 10.000 / (0,02 x 40) = 12,5 cabeças por hectare por ano, considerando um peso médio de 40 kg por animal.
- Defina a taxa de lotação ideal para o seu rebanho. A taxa de lotação é o número de animais que ocupam uma determinada área em um determinado período. Ela pode ser expressa em cabeças por hectare (cabeças/ha), unidades animais por hectare (UA/ha) ou carga animal por hectare (kg/ha). A taxa de lotação ideal é aquela que permite obter a máxima produção por área sem prejudicar o bem-estar dos animais e a sustentabilidade da pastagem. Ela deve ser ajustada de acordo com as variações sazonais da oferta e da qualidade da forragem, bem como das exigências nutricionais dos animais em cada fase da vida (cria, recria, engorda, reprodução). Uma forma prática de ajustar a taxa de lotação é utilizar o método do “put and take”, que consiste em manter um número fixo de animais na área (put) e retirar ou adicionar animais conforme a necessidade (take).
- Estabeleça a estrutura do seu rebanho. A estrutura do rebanho é a composição dos animais em categorias produtivas e reprodutivas. Ela deve ser planejada de acordo com o seu objetivo (carne, lã, pele), o sistema de produção (extensivo, semi-intensivo ou intensivo), a época da estação de monta e o mercado consumidor. A estrutura do rebanho deve ser composta por matrizes (fêmeas reprodutoras), reprodutores (machos selecionados para cobrir as matrizes) e cordeiros (animais jovens destinados ao abate ou à reposição). A proporção entre essas categorias vai depender da taxa de natalidade, da taxa de mortalidade, da idade ao abate e da taxa de reposição do rebanho. Em geral, recomenda-se que as matrizes representem cerca de 70% do rebanho total, os reprodutores cerca de 3% e os cordeiros cerca de 27%.
- Utilize uma ferramenta de gestão pecuária para acompanhar o seu rebanho. Para definir e controlar o tamanho do seu rebanho, bem como avaliar o seu desempenho produtivo e econômico, você pode contar com a ajuda da plataforma Farmin , um software web e mobile que centraliza todas as informações do seu rebanho em uma única solução. Com o Farmin , você pode cadastrar os seus animais com código individual ou lote, registrar as atividades de manejo mesmo sem internet, sincronizar os dados com o seu painel na nuvem, analisar os resultados em tempo real e tomar decisões mais assertivas para melhorar a sua produtividade e lucratividade.
Se você quer conhecer melhor os benefícios do Farmin para a sua produção de ovinos de corte, aproveite a oportunidade de fazer uma avaliação gratuita por 7 dias. Basta acessar o site e criar a sua conta. Você vai se surpreender com a praticidade e a eficiência dessa ferramenta. Experimente o Farmin e leve a sua gestão pecuária para outro nível!
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Como iniciar uma produção de ovinos de corte para iniciantes
A ovinocultura de corte é uma atividade que vem ganhando cada vez mais interesse no Brasil, principalmente pela crescente demanda por carne ovina nos grandes centros urbanos. Além disso, a criação de ovinos apresenta algumas vantagens em relação a outras espécies, como menor exigência de espaço, facilidade de manejo, alta prolificidade e adaptação a diferentes condições climáticas.
Se você está pensando em iniciar uma produção de ovinos de corte, saiba que é preciso planejar bem o seu projeto e seguir alguns passos essenciais para garantir o sucesso do seu negócio. Neste artigo, vamos apresentar algumas dicas para você começar a sua criação de forma eficiente e rentável.
- Escolha a raça adequada ao seu sistema de produção. Existem diversas raças de ovinos disponíveis no mercado, cada uma com suas características produtivas e adaptativas. Você deve levar em conta o seu objetivo (carne, lã, pele), o clima da região, a disponibilidade e qualidade da alimentação, o nível de tecnologia empregado e o perfil do consumidor. Algumas das raças mais utilizadas na produção de carne são: Santa Inês, Dorper, Texel, Suffolk e Ile de France.
- Defina o tamanho e a estrutura do seu rebanho. O número de animais que você vai criar depende do espaço disponível, da capacidade de investimento e da demanda do mercado. Você deve considerar também a taxa de lotação (número de animais por hectare), a taxa de natalidade (número de cordeiros nascidos por ano) e a taxa de mortalidade (número de animais que morrem por ano). A estrutura do rebanho deve ser composta por matrizes (fêmeas reprodutoras), reprodutores (machos selecionados para cobrir as matrizes) e cordeiros (animais jovens destinados ao abate ou à reposição). Saiba como definir o tamanho do seu rebanho clicando aqui.
- Providencie as instalações e os equipamentos necessários. A criação de ovinos pode ser realizada em sistemas extensivos (pastagens), semi-intensivos (pastagens com suplementação) ou intensivos (confinamento). Em qualquer caso, é preciso oferecer aos animais um ambiente confortável, limpo, seguro e funcional. As instalações devem incluir cercas, cochos, bebedouros, sombreamento, abrigo, brete, balança e sala de tosquia. Os equipamentos devem facilitar o manejo dos animais e garantir a sua saúde e bem-estar.
- Estabeleça um plano sanitário e nutricional para o seu rebanho. A sanidade e a nutrição dos ovinos são fatores determinantes para a qualidade e a quantidade da carne produzida. Você deve seguir um calendário de vacinações, vermifugações, tratamentos contra ectoparasitas e outras doenças que possam afetar os animais. Você deve também fornecer uma alimentação adequada às necessidades dos ovinos em cada fase da vida (cria, recria, engorda, reprodução), utilizando pastagens, forragens conservadas, concentrados e suplementos minerais.
- Acompanhe os indicadores zootécnicos e econômicos da sua produção. Para avaliar o desempenho do seu rebanho e a rentabilidade do seu negócio, você deve registrar e analisar os dados referentes à produção e ao manejo dos animais. Alguns dos indicadores mais importantes são: peso ao nascimento, peso ao desmame, ganho médio diário, idade ao abate, rendimento de carcaça, índice de fertilidade, índice de desfrute e custo de produção.
Para facilitar todo esse processo de gestão pecuária e financeira da sua criação de ovinos de corte, você pode contar com a ajuda da plataforma Farmin, um software web e mobile que centraliza todas as informações do seu rebanho em uma única solução. Com o Farmin, você pode cadastrar os seus animais com código individual ou lote, registrar as atividades de manejo mesmo sem internet, sincronizar os dados com o seu painel na nuvem, analisar os resultados em tempo real e tomar decisões mais assertivas para melhorar a sua produtividade e lucratividade.
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Destaques, Gramínea, Manejo de Pastagens, Ovinocultura
Não é de hoje que buscamos otimizar recursos quando o assunto é nutrição e alimentação dos animais de produção, em especial, ovinos. Neste intuito, as pastagens, por constituírem a base natural de todo o aporte nutricional de animais ruminantes, e estes, terem a capacidade de aproveitar alimentos de baixa digestibilidade, concretizam que dentre as alternativas disponíveis, o uso da alimentação baseada a pasto se torna a escolha mais viável quando tratamos de custos.
Nesta perspectiva, é imprescindível que estratégias de manejo adequadas sejam aplicadas a fim de que este recurso seja utilizado da maneira mais rentável e eficiente possível, otimizando assim seu período de uso, além de proporcionar aos animais o atendimento de suas exigências nutricionais. Sendo assim, abordaremos alguns pontos relevantes à boa utilização das pastagens nos sistemas.
A espécie ovina se apresenta como uma classe de animais altamente seletiva. Por conta de um rúmen consideravelmente menor, acaba por consumir somente a folha dos pastos e os brotos recém desenvolvidos, o que leva assim, a acelerada degradação das pastagens, pela dificuldade que a mesma encontra de rebrotar.
Ainda neste contexto, o rúmen mais compacto faz com que a fermentação do pasto consumido seja mais rápida, diminuindo consequentemente o tempo de ruminação e aumentando o tempo de pastejo, desta forma, devemos considerar alguns pontos no momento da escolha da forragem a se trabalhar, como uma boa produção de forragem por área, boa digestibilidade, boa relação folha/talo, rápida rebrota, além de, considerar uma espécie de porte baixo.
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Num contexto geral, o ponto ótimo de manejo se apresenta quando o consumo individual dos animais é atendido por meio da qualidade e disponibilidade de folhas, mas ainda assim, haja permanência significativa destas, a fim de otimizar a interceptação solar, aumentando consequentemente a vida útil da pastagem.
A oferta de forragem indica a quantidade de pasto que o animal dispõe, fator este, que determina o sucesso produtivo do sistema.
As diferentes fases fisiológicas dos animais representam diferentes necessidades nutricionais, onde, tratando de ovelhas em fase de monta, considera-se uma necessidade de cerca de 4-5 kg de matéria verde seca (MVS)/ovelha/dia, propiciando melhoria do ganho de peso diário e da taxa de ovulação.
No início da gestação as exigências nutricionais tendem a diminuir, sendo que cerca de 1-1,3 kg de MVS/ovelha/dia são suficientes, caminhando para um crescimento no terço final de gestação, que passa a exigir uma média de 1,5 a 2,5 kg MVS/dia. Quando as ovelhas pastejam com seus cordeiros no período pós-parto, ofertas de cerca de 5 a 8 kg MVS/dia são exigidas, para que o consumo esteja em 2,3 a 2,7 kg MVS/dia, considerando parições simples.
Para que o produtor tenha condições de calcular a quantidade de matéria seca disponível aos animais (oferta de forragem) e assim, controlar a carga animal presente, existem algumas formas de avaliação como o corte e secagem, que nada mais é do que cortar o pasto, rente ao solo, de uma área representativa da quantidade que existe no piquete, dentre sugestões, utiliza-se um quadrado de ferro com 0,25 m2.
O material colhido deverá ser seco, em estufa, forno comum ou micro-ondas, até alcançar um ponto seco e quebradiço. Em micro-ondas, normalmente utiliza-se 15 minutos (importante colocar junto uma vasilha de água para evitar a queima do material). Depois de seco o material deve ser pesado, e com isso calcular a quantidade de matéria seca de pasto (peso em kg) na área que foi cortada e calcular a massa disponível por hectare (10.000 m2).
Essa avaliação, acaba por permitir posteriormente a prática visual de denominação de quantidade de matéria seca disponível pela altura, o que facilita a determinação da quantidade de animais dispostos por área (taxa de lotação).
Tratando-se de sistemas de manejo de pastagens, além do conhecido manejo contínuo, que se refere a permanência dos animais por longos períodos de pastejo em uma única área, surge o sistema rotativo ou rotacionado, que
estabelece um número de dias de ocupação e de descanso, conforme o ciclo vegetativo da forrageira, de forma que os animais utilizam os piquetes por período curto, promovendo um período de descanso para a rebrota das plantas.
O sistema rotacionado permite um maior controle do consumo, além de um pastejo mais uniforme da área, promovendo uma manipulação mais fácil da produção e oferta de forragem, no entanto, conta com um maior custo em função das divisões em cercas.
Já o sistema contínuo proporciona consumo a vontade, o que gera maior oportunidade de seleção e, menor custo com estruturas, no entanto, pode vir a ocasionar a formação de áreas de subpastejo e superpastejo, e por consequência, a manipulação da produção e da oferta de forragem se torna mais difícil.
Acadêmica do 9° semestre do curso de Zootecnia pela Universidade Federal do Pampa, campus Dom Pedrito – RS. Membra do Núcleo de Pesquisa em Pequenos Ruminantes – NUPPER, atua no desenvolvimento de pesquisas na área de ovinocultura, com ênfase em reprodução, comportamento e nutrição. Estagiária de socioeconomia da Embrapa Pecuária Sul.
Caprinos, Ovino, Ovinocaprinocultura, Ovinocultura
O ano de 2018 deverá ser melhor que 2017 para as atividades de caprinocultura e ovinocultura, em função da dinamização da economia, que proporcionará um aumento do consumo de produtos de origem animal como carne, leite e derivados.
Outro fator que beneficiará os produtores serão as condições climáticas mais favoráveis. No entanto, este crescimento poderá ser limitado por problemas estruturais causados pela seca dos últimos anos, que prejudicou pastagens, rebanhos e propriedades, bem como sua organização produtiva.
Esta é a expectativa dos pesquisadores da Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral,CE) que elaboraram a segunda edição do Boletim do Centro de Inteligência e Mercado de Caprinos e Ovinos.
Conjuntura econômica
O documento, intitulado “Ovinocultura e Caprinocultura – conjuntura econômica, aspectos produtivos de 2017 e perspectivas para 2018”, apresenta uma análise do ano passado apontando a recuperação do setor agropecuário em função de condições climáticas favoráveis nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, e da ausência de grandes gargalos que afetassem diretamente a produção, resultando numa safra recorde.
Na região Nordeste e norte de Minas Gerais, entretanto, o cenário foi outro, com a ausência de chuvas trazendo prejuízos para agricultores e pecuaristas pelo sexto ano consecutivo.
Os pesquisadores apontam como avanços para a ovinocultura e caprinocultura, o financiamento da retenção de matrizes no Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 e a publicação da Instrução Normativa n°05/2017, com regras de inspeção e fiscalização sanitária nas agroindústrias de pequeno porte de leite, mel e ovos, o que deve contribuir para a inclusão de estabelecimentos da agricultura familiar no mercado formal.
O Boletim produzido pela Embrapa Caprinos e Ovinos também traz uma análise da produção de caprinos e ovinos nos estados nordestinos da Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Piauí, além do norte de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, durante o período de 2006 a 2016.
Entre as principais questões levantadas em todos os estados estão a falta de segurança, que ocasiona o roubo de animais; a necessidade de políticas públicas específicas para os setores; a informalidade do mercado; a legalização do abate; a carência de assistência técnica; e a necessidade de aumentar a capacidade de gestão do produtor.
Inovações tecnológicas
Muitas e surgirão ainda mais. Já é possível encontrar aplicativos e sistemas web que permitem reduzir os custos, melhorar a gestão e ajudar com a pecuária de precisão a um preço bastante interessante. Clique aqui e instale o aplicativo Farmin. Ideal para a gestão de seu rebanho.
Perspectivas para 2018
Para o ano de 2018, as perspectivas são de melhoria das condições climáticas e fortalecimento da caprinocultura e da ovinocultura. Para que isso ocorra, os pesquisadores apontam como um dos pré-requisitos, justamente, o desenvolvimento dessa capacidade de gestão dos produtores rurais.
O Boletim do Centro de Inteligência e Mercado tem o objetivo de disponibilizar informações econômicas e de conjuntura de maneira organizada porque muitas delas encontram-se dispersas em várias fontes.
O documento pode ser acessado aqui.
Originalmente publicado em embrapa.br