O uso de índices zootécnicos deve se balizar também na busca por bons índices econômicos, que determinam rentabilidade à pecuária de corte
A pecuária brasileira tem evoluído muito nos últimos anos, não sendo difícil encontrar propriedades que tenham alcançado um nível de excelência em termos de gestão. Algumas até podem ser usadas como modelo para o restante do país. Os pecuaristas ainda resistem à ideia de fazer registros zootécnicos por não reconhecerem a importância da realização dos mesmos, ou por os fazerem de forma indisciplinada e, muitas vezes, sequer sabem seu propósito. No entanto, esses são de uma necessidade fundamental a qualquer propriedade, já que a partir dos mesmos é possível o conhecimento dos índices zootécnicos para uma eficiente administração. Podem ser definidos como uma referência para que os pecuaristas possam aferir o grau de eficiência do seu manejo em cada fase da bovinocultura desenvolvida em sua propriedade. Os índices que devem ser usados como referência em uma propriedade são: a taxa de prenhez; taxa de natalidade; período de serviço; intervalo entre partos; idade de entouramento das fêmeas; idade ao primeiro parto; taxa de desmama; mortalidade média (1-2 anos, 2-3 anos, 3-4 anos, vacas); idade de venda dos machos (bois gordos); relação touro/vaca (cobertura a campo); taxa de reposição (reforma anual de touros e vacas ); taxas de descartes (touros e vacas); taxa de desfrute. Três aspectos são importantes no entendimento desses índices: sua definição, os valores de referência e sua relação com o gerenciamento e os resultados da atividade pecuária. Os índices de referência deverão se transformar em metas na propriedade, advindo daí um projeto para se atingi-las de forma realista em um prazo factível, tendo como principal objetivo a melhora dos resultados econômicos da pecuária. É fundamental considerar que de nada adianta atingir excelentes índices zootécnicos, se não forem acompanhados por excelentes resultados econômicos.
Outro aspecto importante a controlar é a evolução do rebanho, ou seja, saber como fazê-lo crescer e, ao mesmo tempo, produzir, escolhendo entre várias opções de manejo. Considerando o estoque inicial de vacas e de touros, os nascimentos e compras no ano, as mortes ocorridas, os índices zootécnicos alcançados ou esperados, as vendas do ano, é possível planejar o tamanho do rebanho ao final do ano, sendo possível ao pecuarista fazer previsões mais adequadas, para se programar quanto à disponibilidade de pasto e volumosos conservados, por exemplo.
Alguns pecuaristas têm procurado soluções para o seu negócio e isso pode ser evidenciado pela participação dos mesmos, em dias de campo, palestras e cursos. As entidades de classe e as instituições de ensino e pesquisa têm percebido esse anseio do pecuarista e, por isso, têm promovido esses eventos com uma frequência muito grande. Os pecuaristas têm usado tecnologias indicadas pela pesquisa e pela extensão, tais como: desmama precoce; produção de animais precoces e superprecoces; uso de confinamento para terminação de animais na entressafra; semiconfinamento; pastagens de inverno; pastagens tropicais irrigadas; pastagens adubadas; uso de cercas elétricas; controle estratégico de parasitas; uso de inseminação artificial; cruzamentos, entre outras. Num ambiente de intensa competitividade, o pecuarista, além de conhecer bem as técnicas e o mercado, precisa alcançar um excelente nível de gestão para que o empreendimento tenha sucesso.
O pecuarista também precisa procurar se manter a par da comercialização do seu produto, pois quanto mais informado, mais fácil será antecipar as tendências de mercado. As boas informações sobre a sua atividade devem ser entendidas pelo produtor como um insumo tão importante quanto os demais que utiliza no manejo do seu rebanho. Leia mais: http://www.cpt.com.br/cursos-bovinos-gadodecorte/artigos/gestao-na-pecuaria-de-corte-e-fator-determinante-para-o-aumento-da-rentabilidade#ixzz44VjvHVce
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